07/04/2010 18:06

Prefeito do Rio pede R$ 370 mi ao governo federal após chuva

 

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), e o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), pediram nesta quarta-feira ao ministro da Integração Nacional, João Santana, uma ajuda de R$ 370 milhões para a recuperação da cidade devido aos transtornos provocados pela chuva.

Segundo Paes, R$ 100 milhões são para obras emergenciais na cidade, sendo R$ 70 milhões para obras de geotecnia em vias e encostas e outros R$ 30 milhões para obras de dragagem em vários pontos da cidade.

O prefeito solicitou ainda ao governo federal R$ 270 milhões para a execução de obras que evitem constantes inundações na Praça da Bandeira, que faz a ligação entre o centro e a zona norte.

"É necessária uma obra estrutural na Praça da Bandeira, que, desde Carlos Lacerda, desde que o Rio é Rio, é um problema", disse o governador, durante entrevista concedida após reunião com o ministro da Integração Nacional, João Reis Santana Filho, e os prefeitos de 12 municípios atingidos pela chuva.

O governador classificou a reunião como "muito produtiva", na qual foi passado um diagnóstico "preciso" das medidas que devem ser adotadas no Rio e as necessidades reais da cidade.

O ministro afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve atender à solicitação. "De certo, com a sensibilidade do presidente Lula e do amor que ele tem por esse País, com certeza teremos sucesso. A resposta deve acontecer até amanhã no caso do município do Rio", afirmou Santana, ressaltando que os outros municípios afetados pela chuva ainda não mensuraram a necessidade do recurso.

Mais cedo, o prefeito de Niterói, Jorge Roberto da Silveira (PDT), havia solicitado de R$ 15 a 20 milhões de apoio para a cidade, a que teve mais mortes causadas pelo temporal.

Paes anunciou ainda a remoção compulsória de moradores do Morro dos Prazeres e de parte da favela da Rocinha. Segundo ele, nestas duas comunidades serão reassentadas de 1.500 a 2.000 famílias.

"De um lado não estamos mais permitindo a expansão de comunidades em áreas de risco e novas ocupações. De outro vamos avançar no reassentamento da cidade. Essa vai ser a linha", afirmou.

O prefeito admitiu que o plano de contingência da cidade falhou logo no começo do temporal, no fim da tarde de segunda-feira. "Mas funcionou bem na terça-feira. Claro que ajustes terão que ser feitos", disse.

Estragos e mortes
A chuva que castigou o Rio de Janeiro entre os dias 5 e 6 de abril deixou pelo menos 113 mortos, mais de 135 feridos, alagou ruas, causou deslizamentos e destruição no Estado. O Serviço de Meteorologia do Rio registrou no período o maior índice pluviométrico da cidade desde que começou a medição, há mais de 40 anos: 288 mm.

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